sábado, 17 de dezembro de 2011

Post-it já chega.

Hoje escrevo-te a ti, mais uma vez. Depois de tudo, ainda te escrevo.
Lembro-me de tudo, sabes? Lembro-me da primeira vez que te vi, ainda não te conhecia e sinceramente nunca pensei que alguma vez viesse a ter tudo o que tive contigo. Lembro-me também da primeira vez que estivemos juntos, tinhas vestido uma t-shirt branca com uns boneco à frente, um casaco escuro da adidas e umas calças pretas, e assim que me olhas vejo que tinhas os olhos mais bonitos de sempre. Querias ver também os meus olhos e passaste o tempo a implicar com o facto de eu estar de óculos escuros. Eras louco por mim, mas eu não o era por ti, eu nem acreditava no amor. Mas tu, fizeste-me acreditar.
Sei quando me apaixonei por ti, ou pelo menos quando me apercebi que o estava a fazer. Foi na estação, e sabes o momento que foi, já to escrevi numa carta. Já não a tens, assim como não tens a outra, deitaste-as fora. Se tu soubesses o quanto isso me magoou, mas não sabes, nem nunca saberás provavelmente. Aliás, será que sabes que todas as noites choro por ti? Sabes o quanto me magoas quando dizes que estás farto de mim, ou quando falas de outras raparigas? Eu sei, não sou boa o suficiente para ti e foi uma ilusão pensar que o poderia ser.
Pergunto-me se viveste tudo com a mesma intensidade que eu, se me amaste pelo menos metade do que eu te amo. Será que tens saudades minhas? Eu tenho tantas saudades tuas. Será que te lembras dos momentos que passámos? Ou será que pensas em mim? Essas questões surgem-me tantas vezes na cabeça, tantas mas tantas. 
Sabes o que é mais engraçado? É que podias-me mandar dar uma volta, que ainda assim eu estaria aqui sempre para ti, sempre que precisasses. E apesar de tudo, tudo o que eu mais quero é que sejas feliz. Gostava que o fosses comigo, como é óbvio, mas eu sei que não tenho o suficiente para te fazer feliz e que nunca o irei ter, que nunca vou ser o suficiente para ti. Eu faria tanto por ti, acho que não tens noção do quanto me fizeste amar-te, o quanto a tua maneira de ser me fascinou, o quanto tu me fascinaste, o quanto eu gosto de ti. A verdade, é que talvez não vás ler isto, e espero que não porque sei que vais pensar que é mais uma das minhas "lamechices e mariquices" e só de pensar que isso te passaria pela cabeça dói-me cada parte de mim. 
Quero-te também agradecer pelo tempo em que me fizeste feliz, por me teres voltado a dar a conhecer este sentimento. Mas não te agradeço pelo desgosto que me causaste, aliás pelo desgosto que me causa. Por despedaçares cada parte de mim, por fazeres com que tudo em mim doa. 
Estou-me a lembrar agora da primeira vez que ouvi a tua voz, ligaste-me eram sete da manhã. Eu não queria, lembras-te? Disse que já era tarde, mas tu insististe, disseste-me que eu nem precisava de falar e que era mesmo só para me dizeres que eu era linda. Derreti-me tanto quando disseste "és linda" ao telefone, e claro que te respondi, era incapaz de ficar calada perante o teu gesto. Como este, ouve tantos outros momentos em que me deixaste louca por ti, eras tão carinhoso e atencioso comigo. E em alguma altura, eu deixei de te cativar e perdi isso, fui perdendo aos poucos até que te perdi a ti. 
Depois de ontem à noite, não sou capaz de te voltar a dizer algo, não posso magoar-me mais. Embora tudo o que eu mais queira é falar contigo, é estar contigo, é voltar a beijar-te, voltar a tocar-te, voltar a abraçar-te. Eu sei, é tarde demais. Perdi a minha oportunidade, e está na altura de me afastar porque tu já não me queres por perto de ti...
Fui estúpida e ingénua, e deixei-me apaixonar por ti. Queixava-me que me sentia vazia, que tinha saudades de sentir algo por alguém, mas agora percebo que me sentia melhor dessa maneira do que me sinto agora. 
Sabes, o meu telemóvel acabou de apitar mensagem, nada fora do comum, mas de cada vez que eu recebo uma mensagem tenho a esperança que seja tua. Nunca o é. Queria que fosse, queria ainda mais que fosses tu a pedir desculpa e que estavas arrependido, que ainda sentias algo por mim mas eu sei que nunca irei receber essa mensagem, pois tudo isto sou eu a sonhar e a realidade, bem, essa é muito diferente. A realidade é que tu te fartaste de mim, fartaste-te de que quisesse estar contigo imensas vezes, que quisesse estar sempre a falar contigo, que te dissesse amo-te várias vezes ou de tudo o que fazia para te demonstrar o meu amor.
Acabou, e eu sei que tenho que seguir em frente mas neste preciso momento eu não sei como porque não quero mais ninguém, eu quero-te a ti. Não digo que sejas o homem da minha vida ou o amor da minha vida, não és. Mas, meu querido, eu nunca te vou esquecer, vou-me sempre lembrar de ti e sinceramente espero que me lembre do quão bom tu já foste para mim, do quão excelente tu eras comigo e não da parte em que te tornaste frio e distante. Espero que nunca te esqueças de mim também.

Amo-te.

1 comentário:

martasousa disse...

sério? ainda bem, obrigada :)